Ausente em sabatinas e debates, Capitão Contar demonstra despreparo na FIEMS

O candidato ao Governo do Estado mostrou total desconhecimento das pautas do setor produtivo de Mato Grosso do Sul em evento após fugir de debates

Em sabatina realizada pelo setor produtivo de Mato Grosso do Sul, o candidato ao governo, Capitão Contar (PRTB) mostrou por que anda ausente das sabatinas e debates promovidos pelos veículos de imprensa e entidades de classe de Mato Grosso do Sul: despreparo. 

Após ser duramente criticado por descumprir agendas previamente assumidas, inclusive dois debates, Contar esteve, na manhã desta segunda-feira (24), na Casa da Indústria. Ocasião que demonstrou total falta de conhecimento e preparo sobre os assuntos levantados na sabatina, que envolvem diretamente a gestão pública de MS. 

O candidato respondeu a diversos assuntos que envolvem o setor produtivo com superficialidade. Questionado sobre qual a sua proposta para atrair mais indústrias e sua política de incentivo fiscal, o candidato simplesmente respondeu: “vou consultar a expertise de cada setor para traçar o melhor caminho para Mato Grosso do Sul, o que eu adianto desde já é que vamos sim manter e ampliar os incentivos fiscais para atrairmos indústrias, atrairmos fomento para o nosso Estado”. 

Em relação às Parcerias Públicas Privadas, necessárias para destravar o investimento público, o Capitão só fez ataques à estatal Sanesul e a parcerias na área da saúde, sem provas, e não soube responder absolutamente nada sobre a questão. “Vou dar um exemplo, a Sanesul é uma empresa estatal que infelizmente tem feito PPP’s não precisando. Então parcerias são importantes? Sim, claro, mas desde que sejam necessárias”, ressaltou o candidato. 

Um dos maiores absurdos da manhã foi quando falou sobre a educação profissionalizante do Sistema S e como pretendia fazer parcerias com a Rede Estadual de Ensino para implementar a educação técnica.

“Seremos um Governo que vai demandar muito dessas entidades, pois eu acredito muito no modelo de ensino de profissionalização, precisamos aproveitar o que já temos na Rede Estadual de Ensino, de repente criando um turno na parte da noite, utilizando a instalações com essas parcerias. Não adianta nós termos somente os Programas Sociais atendendo a população e, do outro lado, não termos a efetividade de mão de obra e eu andei consultando algumas entidades e a realidade que acontece é a seguinte: é disponibilizado um curso, aparecem lá 80 matrículas, na segunda semana cai para 40 e se formam apenas 10. Falta também a motivação pessoal do aluno de quem está pleiteando aquele curso e finalizar”, enfatizou o Capitão.

Sobre a “falta” de motivação pessoal, o candidato ainda emendou com o que seria uma de suas falas mais sem nexo da sabatina. “Isso também acontece na área rural, o setor está precisando de mão de obra, aparece o cidadão e a primeira coisa que ele pergunta é se tem Wi-Fi, tem não sei o que, então pera lá, nós realmente temos que mudar essa cultura, fazendo com que a pessoa tenham vontade de ficar, independente dos problemas sociais, eles vão existir, mas precisamos da independência, autonomia, é aquela questão do peixe, né? Se ficarmos dando o peixe eternamente, nunca vai sair dessa situação, precisamos ensinar a pescar e, para isso, respondendo à pergunta, queremos demandar demais todos os cursos profissionalizantes das entidades citadas”, disse o candidato. 

MAIS ASSUNTOS

Alguns assuntos de suma importância para Mato Grosso do Sul como a diminuição da evasão escolar e a Rota Bioceânica foram tratados com a mesma linha do despreparo e da falta de conhecimento.

Sobre como melhorar a educação pública, o candidato só sabe falar da implantação de escolas cívico-militares e nada mais, sobre um dos maiores e mais importantes investimentos da história do Estado, que é a Rota Bioceânica, ele disparou: “A Rota Bioceânica, que com certeza trará muitas oportunidades para Mato Grosso do Sul, será sem dúvidas essa oportunidade para a gente desenvolver um grande potencial do Estado, que é o setor logístico. Aqui temos representantes do transporte também, e essa demanda é muito importante, só que muito se fala da rota, vai realmente trazer oportunidade e desenvolvimento para o nosso Estado, mas ao longo desse trecho, o Estado precisa se fazer presente”, ressaltou ele. 

Para suas considerações finais, fechando com chave de ouro a sessão desastrosa de sua participação no debate com entidade importantes do setor produtivo, o Capitão Contar fez questão de dizer: “em todas as entrevistas, sabatinas e debates eu cito isso, talvez falte em mim cabelos brancos para que eu tenha essa credibilidade, mas o Brasil não precisa mais se preocupar, hoje todo mundo conhece, hoje todo mundo tem celular, tem meios de adquirir informação, então com a aprovação de todos, com a indicação das federações e segmentos eu quero criar o melhor corpo técnico para trabalhar nas secretarias do Governo do Estado, sem politicagem”. Lembrando que no meio destes montes de palavras sem nexo, ele diz em que criar um governo “sem” politicagem, porém já rateou o mesmo com os perdedores do primeiro turno e que estão até o pescoço em envolvimentos de crimes de corrupção: Marquinhos Trad, Rose Modesto e André Puccinelli.

Créditos: Topmidia News

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